quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vontade de Escrever

Uma coisa muito legal do querer escrever, é o "o que eu quero escrever?". Deve ser assim só comigo. Conversando com outras pessoas que escrevem umas dizem: "Peguei o papel e caneta e a ideia vem", "só de pensar em escrever, já vem o texto todo" ou ainda maior "penso, logo, escrevo".
Teve uma vez (na verdade muitas, mas vou falar desta em especial) eu desenvolvi um texto completo na mente dentro do metro. Ali. Observando as pessoas no completo fluxo, corriqueiro, rotineiro de sempre, ouvindo algumas conversas, observando os passos, pensei: "Vou escrever algo sobre o que estou vendo, mas começar por onde?", quando entraram duas mulheres muito altas. Só conheço algumas mulheres altas, vendo aquelas duas, senti que as minhas conhecidas eram fichinha perto delas, por que eram altas de precisarem se abaixar para entrar no metrô.

Comecei a formular na minha cabeça a história em cima da reação das pessoas que ali estavam. Foram reações muito adversas, curiosas e pouco perceptiveis.
E adivinha? Consegui: Começo, meio e fim. Tentei não tirar a ideia da cabeça, fiquei matutando o texto na cabeça, repetindo, para me certificar de não esquecer. Dizem que uma boa técnica de memorização é começar a memorizar e na sequência dormir.

Saindo do metrô fui direto ao ponto final do lotação afim de ir sentado e poder dormir. Consegui mais um objetivo. Assim que o lotação saiu eu comecei a dormir. Em alguns momentos até sonhei com o texto. Quando me dei conta de que precisava acordar, la estava eu, 2 pontos depois do meu. E isso me irrita muito. Tive que caminhar um bom bocado de caminho por falta de atenção.

Cheguei em casa todo esbaforido, tomei um belo copo d'agua, me acalmei tocando um pouco de violão enquanto o computador ligava e aqui estou eu: Sem a história do metrô, sem ideia, sem texto, com a mão no teclado e a tela vazia.