quarta-feira, 4 de maio de 2011

Atrasos. Atrasos...

Em outra ocasião, tinha um compromisso as oito; resolvi acordar as seis só para não sair da rotina.
Esse dia começou iluminado; acordei as seis, sai da cama as seis e dez, consegui cumprir todas as necessidades pré-saída de casa da melhor forma possível. A água estava lá; a camiseta estava lá (e as meias e todos os outros acessórios também); encontrei o pão sem dificuldades ao lado do leite (parecia realmente mágica).
Para se ter uma noção de como o dia nasceu feliz, eu até consegui tomar café da manhã e assistir Tom & Jerry ao mesmo tempo. De qualquer forma, comi o mais rápido possível para não atrasar e acabar lascando com o dia.
Antes de chegar a porta já apanhei a chave na bolsa e para o portão a mesma coisa. Desci a ladeira tranquilo, sereno, (dava até vontade de assoviar) pronto para chegar ao ponto no horário. Perfeito, consegui chegar no ponto as seis e quarenta. Nem eu estava acreditando no que estava acontecendo.
O lotação passou dez minutos depois; maravilha. Mas existem coisas na vida, que devemos questionar.
Me pergunto até hoje, quem foi que inventou o trajeto dos lotações, ônibus, etc; colocando um lotação que de fato, lota muito, subir uma ladeira que é neste ângulo: "/"? Imbecil não é?
Estava eu dentro do micro-ônibus me questionando sobre isso, e pensei: Já pensou se o motorista troca a marcha nessa / e o veículo não aguenta?
Lá se foi o início da manhã. Eu não acreditei e aposto que quando eu disser você também não acreditará. Dito e feito, o motorista foi inventar de passar a marcha na pequena / e conseguiu quebrar o câmbio do micro-ônibus inteiro. (que de micro é só o nome, cabe mais gente ali do que no maracanã).
Se eu fosse motorista, eu fugiria daquele lugar nem que fosse fazendo um buraco no chão e me enterrando. O pessoal ficou furioso; como estava em uma / os outros ônibus não conseguiam parar para reabastecer. Conclusão que tiro de imediato: Vamos correr até o próximo ponto. São nesses momentos que me sinto feliz em ver todos correndo atrás de mim. Quando comecei a correr para o ponto de cima, começou a vir um monte de gente junto, como se eu tivesse tido A ideia sabe?
Chegando no próximo ponto o ônibus "vazio" demora uma eternidade, se vinte pessoas sobem em um, sobram mais ou menos umas trezentas no ponto.
Quando finalmente entro no ônibus, ele faz aquela curvinha que tem depois do ponto e vejo um enorme trânsito; do local que peguei o ônibus, normalmente dura dez minutos, eu fiquei cinquenta minutos dentro do ônibus abarrotado, como se fosse sardinha, até chegar no metrô.
Não satisfeito com tudo que já passei, me pergunto: Como seria se o metrô parasse por um dia?
Depois desse dia, eu comecei a tomar cuidado com as palavras, por que chegando no metrô. Tinha gente até pendurada no teto do terminal. Era tanta gente, mas tanta gente, que eu pensei: Agora sim estou no maracanã.
As escadas desligadas; ninguém entra, ninguém sai; pessoas furiosas; algumas fingiam estar passando mal para ver se alguém socorria e levava para dentro da estação; tudo em vão.
Desta vez eu não estava com o pensamento a frente. Quando pensei em ir de ônibus, o ponto já estava mais cheio do que a própria estação e próprio Maracanã. Desiludido, cabisbaixo, magoado, olho para o ponto do micro-ônibus que acabei de descer; vazio. Resolvi voltar, sem nenhum pensamento negativo; vai lá saber o que pode acontecer não é?
Chegando em casa, ligo a tv e vejo a grande notícia: O METRÔ DE SÃO PAULO PAROU!

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